sexta-feira, 16 de julho de 2010

Stendhal, in "Do Amor"

O amor é a mais forte das paixões

Por que é que gozamos com cada nova beleza que descobrimos no que amamos? Porque cada beleza nos dá a inteira e total satisfação de um desejo. Se a queremos sensível ela será sensível. Se em seguida a queremos orgulhosa como Emile de Cornille, embora estas duas qualidades sejam provavelmente incompatíveis, ela aparece imediatamente com uma alma romana. É esta a razão moral porque o amor é a mais forte das paixões. Nas outras, os desejos têm que se acomodar às tristes realidades; nesta, são as realidades que se apressam a identificar-se com os desejos; ela é, por tanto, a paixão em que os desejos violentos têm uma maior realização.

Regras Básicas de Avaliação do Amante

Para avaliar o amor da vossa amante, lembrai-vos:


1º - De que, quanto mais prazer físico entrou na base do vosso amor, no que noutros tempos determinou a intimidade, tanto mais ele está sujeito à infidelidade. Isto aplica-se sobretudo aos amores cuja cristalização foi favorecida pelo fogo da juventude, aos dezasseis anos.


2º - De que o amor de duas pessoas que amam não é quase nunca o mesmo. O amor-paixão tem as suas fases durante as quais, e sucessivamente, um dos dois ama mais que o outro. Muitas vezes a simples galanteria ou o amor de vaidade responde ao amor-paixão, e é sobretudo a mulher que ama com exaltação. Qualquer que seja o amor sentido por um dos dois amantes, a partir do momento em que sente cíumes, exige do outro que preencha as condições do amor-paixão; a vaidade simula nele todas as necessidades de um coração terno.


Finalmente, nada aborrece tanto o amor-gosto como a existência do amor-paixão no outro ou outra.

Muitas vezes um homem de espírito, ao fazer a corte a uma mulher, não consegue senão fazê-la pensar no amor e enternecer-lhe a alma. Ela recebe bem este homem que lhe dá um tal prazer. Ele começa a alimentar esperanças. Um belo dia essa mulher encontra o homem que lhe faz sentir o que o outro lhe descreveu.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

É o início de uma nova jornada...

Em frente a novos delírios,
aventuras inexatas, desvarios.
Meu ponto de vista não é igual
ao teu, mas ainda assim,
posso tocar-te.
Nada como delírios de
uma noite desvairada.
Meu sexto sentido me avisou
e eu recusei a ouvi-lo.


Paradas...
Paradoxas...
Paradoxais...


Me revelam,
É o inicio de uma nova jornada.
Caminharei bem atento,
sem devaneios.


by Rosana Glory